(Hangzhou,
China, 15 de dezembro de 2018) Nicholas Santos é, novamente, campeão Mundial de
natação. Aos 38 anos, o atleta da seleção brasileira conquistou, neste sábado
(15), no Centro Olímpico de Hangzhou, na China, o bicampeonato dos 50m
borboleta. Nicholas também fez parte do revezamento 4x50m medley que conquistou
a medalha de bronze neste sábado. Bronze também para Brandonn Almeida nos 400m medley. O dia também teve dois recordes
sul-americanos para nadadoras brasileiras.
Recordista
mundial dos 50m borboleta em piscina curta, Nicholas Santos chegou como um dos
favoritos ao título da prova. Ele, que havia acabado de ajudar o revezamento 4x50m
medley do Brasil a conquistar a medalha de bronze, voltou para a piscina
minutos depois para confirmar seu nome no lugar mais alto do pódio com o tempo
de 21s81. Aos 38 anos, Nicholas Santos é o atleta mais velho a conquistar
medalhas em Campeonatos Mundiais.
“Estou muito
feliz. Confesso que estava um pouco preocupado, por conta da disputa do
revezamento e todo protocolo que exige, mas consegui dar meu melhor e saí com
mais uma medalha de ouro para o Brasil. Com 38 anos, nadei essas duas provas
quase uma hora. Isso me deixa bastante contente”, disse.

O revezamento 4x50m
medley garantiu sua classificação para a final com o melhor tempo das
eliminatórias: 1m32s18. Da primeira formação (Guilherme Guido, Felipe Lima,
Matheus Santana e Cesar Cielo), apenas Santana foi substituído por Nicholas
Santos.
Na disputa pela
medalha, a equipe de atletas experientes da seleção brasileira mostrou que
ainda pode dar muito trabalho às outras equipes. Guilherme Guido, Felipe Lima,
Nicholas Santos e Cesar Cielo, todos com mais de 30 anos e inúmeras conquistas na
carreira, garantiram mais uma medalha de bronze para o Brasil: 1m31s49.
“Medalha
importante para o time, que é um time de veteranos, e mostra que podemos chegar
bem em Tóquio. Importante para mim também. Bati na trave duas vezes nos 50m e
nos 100m costas, mas desta vez deu tudo certo e saímos com a medalha para o
Brasil”, falou Guilherme Guido.

Nos 400m
medley, Brandonn Almeida garantiu uma vaga na final com o segundo tempo
(4m04s58). Na raia 5, o atleta da seleção seleção brasileira viu o japonês Daiya Seto disparar na frente. Ele, porém, que ficou um pouco atrás nos primeiros 200m metros, se recuperou para finalizar a prova com o tempo de 4m03s71 e garantir mais uma medalha para o Brasil.
“Sabia que o Seto está um pouco à frente dos demais, mas hoje vim para a piscina querendo muito esta medalha. Tinha que colocar todas as minhas forças nesta prova e deu certo. Consegui um bronze que vale muito para mim”,
explicou Brandonn.

Nas semifinais
deste sábado (15), Daiene Dias e Etiene Medeiros foram os grandes destaques. As
duas estabeleceram os novos recordes sul-americanos dos 100m borboleta (56s40)
e 50m livre (23s82), respectivamente. Com os tempos, as duas garantiram vagas
nas finais que serão disputadas na manhã deste domingo (16), no horário
brasileiro. Felipe Lima (26s91) e João Gomes Júnior (25s94) estão na disputa
por medalha dos 50m peito. Marcelo Chierighini terminou os 100m livre com o 12º
tempo (46s93).
Nas eliminatórias, realizadas na
noite de sexta-feira (14), no horário brasileiro, apenas o integrante do
quarteto campeão e recordista mundial dos 4x200m livre Leonardo Santos não
avançou à final nos 400m medley. Ele terminou com o 15º tempo (4m08s93).
Com as três conquistas deste sábado, o Brasil chega a cinco medalhas na competição: duas de ouro e três de bronze.
Revezamento 4x50m medley
masculino
Brasil – Bronze – 1m31s49
50m borboleta masculino
Nicholas Santos - ouro - 21s81
400m medley masculino
Brandonn Almeida - bronze - 4m03s71
Leonardo Santos – 15º - 4m08s93
100m borboleta feminino
Daiene Dias – na final – 56s40
100m livre masculino
Marcelo Chierighini – 12º - 46s93
50m livre feminino
Etiene Medeiros – na final – 23s82
50m peito
João Gomes Júnior – na final –
25s94
Felipe Lima – na final – 26s91
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)
Fundada como Confederação Brasileira de Natação (CBN), em 21 de outubro de 1977, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos completou 40 anos de fundação, em 2017. Atualmente, o presidente da CBDA é Miguel Cagnoni.
A nomenclatura foi mudada em 1988 para adequação, já que a CBDA administra cinco modalidades: natação, maratona aquática, pólo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado. A CBDA, atualmente, tem todos os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, como federações filiadas.
O Correios, patrocinador oficial da entidade, é parceiro da Confederação desde 1991 e é parte de todas as medalhas e formação de novos atletas nas cinco modalidades.